Reforma acelera processo de adoção de espaços no Parque das Nações Indígenas

Categoria: COMPENSAÇÃO AMBIENTAL, PARCERIA, UNIDADES DE CONSERVAÇÃO | Publicado: quinta-feira, novembro 30, 2017 as 11:16 | Voltar

Campo Grande (MS) – Começaram as obras de reforma dos banheiros, quiosques, gradil e rede de iluminação do Parque das Nações Indígenas. Na manhã desta quinta-feira (30) o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, assinou a Ordem de Serviço para início das obras e a previsão é de que até fevereiro do próximo ano a maior parte já esteja concluída. Com isso, o processo de adoção dos espaços por empresas privadas será acelerado.

O governo do Estado vai investir R$ 946.580,00 na reforma dos cinco Núcleos de Apoio Básico (estruturas que contém banheiros masculino e feminino, um quiosque e um espaço administrativo), na substituição das lâmpadas atuais por modelos de LED nas luminárias do setor de quadras esportivas e pista de Skate, reforma do Posto Policial (Pelotão Comunitário do PNI) e das Guaritas (portarias de acesso).

Jaime Verruck explicou que esses recursos são oriundos de compensação ambiental. “Grandes empresas precisam compensar o Estado pelos impactos causados por seus projetos e esses recursos são revertidos em benefício da população, como é o caso das melhorias no Parque das Nações Indígenas”.

Além dessas obras que serão executadas por uma empreiteira contratada via licitação, outras melhorias serão executadas por equipes do próprio Parque, como a recuperação e pintura das grades e a manutenção do sistema de videomonitoramento. Nesse trabalho serão investidos mais R$ 77 mil. Só com a compra das tintas para a pintura do gradil serão gastos R$ 15 mil, e a mão de obra será dos reeducandos.

Adoção

A reforma dos banheiros e demais estruturas vai acelerar o processo de adoção desses espaços por empresas privadas, que ficarão responsáveis pela manutenção e em troca farão publicidade de suas marcas, produtos e serviços. O secretário Jaime Verruck disse que, além da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), que já plantou um bosque e dá toda manutenção para o desenvolvimento das mudas, e da Unimed – que já presta atendimento aos frequentadores do Parque na área da saúde -, outras empresas demonstraram interesse em firmar parceria.

“Um dos grandes problemas que nós temos aqui é em relação aos banheiros e água. As pessoas vêm pra caminhar e não tem banheiro nem onde tomar água. A partir dessa reforma nós vamos colocar isso aqui para ser adotado. A Águas Guariroba já se ofereceu para instalar bebedouros em todo Parque, essa proposta será firmada em breve. Temos também o Laboratório Sabin que quer instalar uma academia de ginástica”, disse.

As empresas interessadas em adotar espaços ou mesmo instalar alguma estrutura para prestar atendimento ao público frequentador do Parque devem apresentar suas propostas ao Imasul, que é o órgão encarregado pela administração do local. “O projeto será analisado, se for preciso que seja feita alguma adequação, vamos conversar com a empresa, e após isso será assinado um termo de parceria por até cinco anos. Em troca a empresa pode fixar placas com publicidade de sua marca, nos padrões estabelecidos. Não pode ser nada ostensivo, por isso estamos padronizando a publicidade”, frisou a diretora de Desenvolvimento do Imasul, Thaís Caramori.

A parceria com empresas privadas é importante para melhorar o atendimento ao público frequentador do Parque, que tem um custo elevado de manutenção. Segundo Verruck, só com energia elétrica gasta-se mais de R$ 80 mil por mês, além do pessoal que trabalha na vigilância e apoio. Por dia, durante a semana o Parque chega a receber 2 mil visitantes e nos fins de semana o número de frequentadores salta para 4 mil.

Desassoreamento

Resolvida a parte da estrutura do Parque, resta um problema mais complexo e antigo que não depende unicamente do Estado para ser solucionado. Jaime Verruck lembra que o assoreamento dos dois lagos – o principal e o de contenção, localizado um pouco acima - é resultado direto das obras de pavimentação da Vila Nascente, na parte alta da região, feita já há alguns anos. Toda a água das chuvas foi canalizada para o Parque das Nações, via córrego Reveillon, levando junto toneladas de areia e detritos.

“Nós temos um trabalho permanente de retirada de areia do lago de contenção, mas não adianta. É como enxugar gelo. A cada chuva o lago enche de novo”, disse Verruck. O problema só será sanado em definitivo com a conclusão das obras que agora estão sendo executadas pela Prefeitura na confluência da Avenida Mato Grosso com a rua Hiroshima.

Ali será construído um piscinão com capacidade para reter 22 mil metros cúbicos de água. Esse reservatório vai receber as águas pluviais de toda parte alta da região (bairros Vila Nascente, Carandá, Matas do Jacinto e Parque dos Poderes), que atualmente descem em velocidade pelo córrego Reveillon, arrastando areia e muitos detritos para o lago de contenção do Parque das Nações Indígenas.

Além do piscinão, está sendo feita uma travessia sob a Avenida Mato Grosso utilizando tubo Armco (estrutura em aço corrugado) para dar vazão à água. O total a ser investido no sistema todo (incluindo a piscina, a travessia, drenagem, pavimentação de 10 vias no entorno do Parque dos Poderes) chega a R$ 11 milhões.

O prefeito Marquinhos Trad estava presente na solenidade de assinatura da Ordem de Serviço e garantiu que as obras para conter a erosão no Parque serão concluídas. Também participaram do evento o deputado estadual Paulo Corrêa e o diretor presidente do Imasul, Ricardo Eboli.

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