Campo Grande (MS) – “A ação estratégica de tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro será um grande diferencial de desenvolvimento aonde perpassam todas as atividades econômicas do Estado. Da mesma forma, o Brasil também precisa colocar em sua pauta estratégica, independente de governo, a sustentabilidade e os compromissos assumidos com a COP 21”. A afirmação é do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, ao comentar a importância da assinatura do Acordo de Paris, que acontece nesta sexta-feira (22), Dia Mundial da Terra, em Nova York.
A cerimônia é o primeiro passo para que os países adotem o documento que será um instrumento subsidiário à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), e que foi aprovado por 195 partes da Convenção. “A assinatura é extremamente importante e seria uma grande oportunidade de o Brasil se posicionar como um dos poucos países com capacidade de gerar emprego e renda tendo a questão da sustentabilidade e a economia de baixo carbono como principal foco estratégica”, avalia Jaime Verruck.
“As mudanças climáticas ja estão acontecendo. Isso impacta no cotidiano do produtor rural, da distribuição e consumo de água, no consumo de alimentos e no cotidiano das nossa cidades. Fazer um olhar estratégico sobre a questão é o primeiro passo para um crescimento sustentável de longo prazo”, acrescenta o secretário da Semade e diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
Jaime Verruck lamenta, porém, que o governo brasileiro “não se posicione de forma firme em relação a essa questão. É fundamental que na nova politica econômica do país se insira a economia de baixo carbono. Esse seria um caminho que poderia gerar um diferencial importante, promover a geração de emprego e renda. No cenário global, o Brasil é um dos poucos países que ainda pode crescer de forma sustentável”.
Em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) lançou no mês de março o programa Estado Carbono Neutro – ação é ligada ao Proclima (Programa de Mudanças Climáticas e Biodiversidade), desenvolvimento pela Semade e Imasul. Essa medida nos colocou como o primeiro estado do país a formalizar um projeto que irá propor ações para mitigação e redução dos gases de efeito estufa.
“Nós acreditamos que estamos no caminho correto. O programa Estado Carbono Neutro é um projeto pioneiro que envolve todas as atividades econômicas. Ele já se materializa na recuperação de pastagens degradadas, na recuperação florestal e na implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Nele teremos um programa de sustentabilidade da indústria e de sustentabilidade urbana, no qual vamos tratar a questão dos resíduos sólidos”, finalizou o secretário.