Campo Grande (MS) – Na manhã desta quarta-feira (26) os técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) concluíram a retirada de todos os peixes do lago principal do Parque das Nações Indígenas, que foi completamente esgotado. Agora, as máquinas podem intensificar o trabalho de desassoreamento, o que só não começou hoje devido à chuva, explicou o gerente de Recursos Pesqueiros do Imasul, Vander Fabrício de Jesus.
Os trabalhos de captura dos peixes começaram na quinta-feira da semana passada, dia 20. Os peixes retirados do lago principal foram soltos num lago menor, logo abaixo, e os capturados por último, durante todo o dia de hoje (26), estão agora no lago de contenção, localizado mais acima. São peixes de pelo menos 13 espécies, muitas consideradas invasoras, como tilápia, pacu, tambaqui, carpa.
“Hoje retiramos um pacu de 80 centímetros e cerca de 12 quilos, outros dois com pelo menos 60 centímetros e pelo menos 8 quilos. Também um jundiá de 2 quilos, um peixe híbrido, que com certeza foi solto no lago por alguém que criava em casa.”, disse Vander.
Os peixes estão sendo monitorados constantemente nos lagos em que foram depositados, quanto à oxigenação da água e alimentação. A equipe está pronta para intervir se for preciso.
Com a retirada de todos os peixes, os trabalhos de desassoreamento do lago principal poderia ter começado hoje, mas a chuva atrapalhou. As seis escavadeiras já estão posicionadas. Pelo menos 30 caminhões devem fazer o transporte dos sedimentos. A previsão ainda é de pelo menos 90 dias de trabalho.
No lago menor, o trabalho demorou 13 dias, tendo sido retirados pelo menos 13 mil metros cúbicos de sedimentos. “O volume maior é de areia, mas também tem muito lixo”, observa Vander. A previsão é de que o lago maior tenha volume de sedimentos entre oito a dez vezes maior que o do lago menor, portanto se for mantida a mesma estrutura, o tempo para retirada se dará nessa mesma proporção.
O desassoreamento dos lagos faz parte das seis ações realizadas pelo Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande, para a revitalização do Parque das Nações indígenas, frequentado diariamente por cerca de duas mil pessoas. As obras de desassoreamento tiveram início em 11 de junho pelo lago menor; a previsão é de retirar 140 mil metros cúbicos de sedimentos dos dois lagos, para tanto estão sendo utilizadas escavadeiras e o transporte é feito por uma frota de caminhões basculantes.
O governo do Estado repassou R$ 1,5 milhão à Prefeitura para custear esse serviço, recursos do Imasul oriundos de compensação ambiental. Os serviços têm previsão de até 120 dias para serem concluídos. Finda a limpeza, será implantada uma comporta de regulação do nível do lago. Além dessa obra, será construído um piscinão no Córrego Reveilleau, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima para controle da vazão das águas da chuva. Outra intervenção importante acontecerá dentro do Parque Estadual do Prosa com a recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português.
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