Campo Grande (MS) – O desmatamento de áreas com vegetação de Mata Atlântica em Mato Grosso do Sul, especialmente no município de Juti – distante 302 quilômetros de Campo Grande – apontado no Atlas dos Municípios da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgado na quarta-feira (11), será averiguado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). De acordo com o diretor de Licenciamento do Imasul, Ricardo Eboli, o órgão não emitiu nenhum tipo de permissão, autorização ou foi consultado sobre ações de supressão vegetal na região de Juti. “Se existe esse tipo de situação, são ações clandestinas, ilegais”, afirmou.
Segundo Eboli, por orientação do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimnto Econômico, Jaime Elias Verruck, “Nós vamos fazer averiguações em toda a região sob o ponto de vista de análise de satélites e séries históricas, como também por meio de vistorias de campo e solicitaremos mais informações sobre esse caso se for necessário. Atuaremos em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PMA). Esse trabalho de levantamento deve começar ainda nesta semana. Caso sejam constatadas situações em inconformidade com a legislação, os infratores serão autuados”, finalizou o diretor de Licenciamento do Imasul.
O relatório divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta que o município de Juti ocupa a 10ª posição no país entre as cidades que mais desmataram a Mata Atlântica entre os anos de 2013 e 2014. Segundo o documento, a cidade desmatou, em dois anos, uma área de 278 hectares.