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O diretor presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges, participa em Porto Alegre (RS), nessa quarta-feira (25) da segunda edição do Codex Experience, evento que reúne cerca de 200 representantes dos setores público e privado para apresentar soluções que contribuem para melhores práticas sustentáveis e de gestão ambiental. Borges vai apresentar a plataforma de monitoramento via satélite do Imasul considerado um dos exemplos bem-sucedidos em nível nacional para combater o desmatamento ilegal.
A programação do Codex Experience inclui painéis, workshops e palestras que acontecerão simultaneamente, totalizando mais de 15 horas de conteúdo. Em pauta estão temas como os avanços na política nacional de meio ambiente, o paradigma dos dados na agenda climática e no desenvolvimento econômico sustentável das cidades, a governança de dados, o papel das plataformas digitais e o monitoramento de desmatamento.
O Sistema de Monitoramento de Alertas de Desmatamento Ilegal em Mato Grosso do Sul cobre toda a área de 357 mil quilômetros quadrados do Estado. Com o Sistema, há uma redução de até 72% da análise manual de processos de desmatamento e permite a atuação antecipada nas ações de combate ao desmatamento, evitando maiores perdas. “É uma decisão garantindo segurança técnica, jurídica e institucional e que utiliza dados oficiais em conformidade com Autos Autorizativos do Imasul”, explica André Borges.
A plataforma de monitoramento do Imasul utiliza imagens de satélite e recursos da plataforma ArcGIS para solucionar um problema enfrentado pelo Instituto, que é o gerenciamento e acompanhamento de alertas de desmatamento. Isso aprimora a tomada de decisão e fortalece a atuação das equipes de monitoramento.
Agilidade e dinamismo
“Melhorou muito o nosso trabalho desde que o sistema foi lançado na semana do Meio Ambiente, em junho. O trabalho da fiscalização que a gente fazia em um ano, estamos fazendo em dois, três meses. Antes era preciso ir a campo, olhar, agora não. Agora a gente cruza a informação com o CAR, vê se é autorizado ou não aquele desmatamento que foi detectado pelo sistema e já aponta se é legal ou não. Aí se abre um prazo, notifica o produtor por meio do CAR dele, tem um prazo para apresentar a licença e em não apresentando, automaticamente já faz a geração do auto daquela área”, detalhou Borges.
Outra novidade que o presidente do Imasul vai apresentar no evento em Porto Alegre é um sistema que está em desenvolvimento e que consiste na certificação das propriedades cujo balanço de carbono apresente saldo positivo. “A gente está fazendo um sistema para colher essa informação, analisar e se a propriedade tem crédito carbono sobrando, ou se retém carbono do que emite, vai ganhar um selo. E depois pode comercializar com quem emite mais do que retém carbono”, resumiu.
Todos esses projetos estão alinhados aos esforços do Governo do Estado em transformar Mato Grosso do Sul em Estado Carbono Neutro até 2030. Uma das principais medidas nesse sentido foi exigir o inventário de carbono de todos os empreendimentos que estão sendo implantados no Estado. Além disso, o Governo desenvolveu uma metodologia para contabilizar o inventário de carbono dos empreendimentos que já estão em atividade; o próximo passo será fazer o balanço.
Publicado por: João Prestes
