Campo Grande (MS) – O desassoreamento dos lagos do Parque das Nações Indígenas exigirá esforço conjunto do governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande e um leque de intervenções no interior da unidade e em todo entorno para impedir que sedimentos continuem a ser carreados ao local, além do trabalho de dragagem propriamente. As definições técnicas, bem como o cronograma de obras será anunciado em reunião na próxima semana, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.
“O problema do assoreamento – tanto do lago principal quanto do lago de contenção, que foi construído exatamente para barrar os sedimentos – vem ocorrendo desde que o parque foi criado na década de 90. Retirar os sedimentos é o trabalho mais fácil de ser executado, mas isso não resolve. O governo tem consciência de que é preciso resolver definitivamente o problema da erosão, portanto já temos estudos, projetos e as ações necessárias. Com as chuvas menos frequentes, é possível iniciar as obras”, disse Verruck.
Uma das principais intervenções acontecerá no Córrego Reveillon, que atravessa os altos da Avenida Mato Grosso e adentra o Parque das Nações Indígenas. As obras neste local serão realizadas pela Prefeitura, avançaram bastante no ano passado, mas ainda não foram concluídas. Uma bacia de contenção será aberta acima da nascente do córrego para impedir que os sedimentos continuem descendo livremente por seu leito em direção ao interior do parque.
Já dentro das matas do Parque Estadual do Prosa, uma importante obra será executada pelo governo do Estado para recuperar as margens do córrego Joaquim Português, que se encontra com o Desbarrancado no interior da Unidade de Conservação para formar o Córrego Prosa. Os detalhes dessas obras – investimentos necessários e prazos para conclusão – serão apresentados e discutidos na próxima semana.
O secretário lembrou que o problema do assoreamento no Parque das Nações Indígenas tem merecido constante atuação do governo do Estado e que, agora, caminha para uma solução definitiva. “A dragagem dos lagos é o mais simples para ser resolvido. Já encontramos, inclusive, uma área degradada em que esse material será depositado. Mas de nada adiantaria retirar toneladas de areia se a cada chuva o lago seria novamente assoreado, porque enquanto não forem feitas as obras de contenção nas partes altas o problema persiste”, frisou.
No dia 28 de fevereiro, o governo do Estado, representado por técnicos da Semagro, Imasul e Agesul, reuniram-se com técnicos da Semadur e Planurb (representando a Prefeitura de Campo Grande), para discutir uma intervenção coordenada. Desde então. as tratativas com a administração municipal avançaram, de modo que foi possível construir uma agenda conjunta que será anunciada na próxima semana, finalizou o secretário Jaime Verruck.
João Prestes – Assessoria de Comunicação da Semagro