Campo Grande (MS) – Os processos, as metas e as propostas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas ao longo da história foram os assuntos abordados na palestra ministrada pelo superintendente de Ciência e Tecnologia da Sectei, Renato Roscoe na manhã desta terça-feira (1º de março) no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). A palestra foi direcionada aos integrantes do Grupo de Trabalho Mudanças Climáticas e Biodiversidade, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) e Imasul. participaram representantes da Sectei, Sepaf, Defesa Civil e fiscais, analistas e gestores ambientais do Imasul que fazem parte do GT.
Renato Roscoe apresentou um panorama atual dos desafios “imensos” que envolvem a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo, “muito pressionado pela crescente demanda de energia, nem sempre renovável”. O pesquisador também apresentou uma linha do tempo que começa com os primeiros estudos sobre efeito estufa e sua relação com a concentração de dióxido de carbono, ainda no século XIX, até as atuais conferências sobre clima, que tentam buscar limites para que o aumento da temperatura na Terra, já irreversível, não ultrapasse os 2ºC.
De acordo com Renato Roscoe, a proposta da palestra é nivelar o conhecimento dos integrantes do GT sobre o tema, contemplando profissionais de diferentes áreas e das mais variadas atividades. “É o primeiro passo para um processo contínuo de capacitação e troca de experiências vitais que indicará os caminhos para uma política pública de governo”, explica.
Estão previstas outras palestras e seminários periódicos para o nivelamento do conhecimento dos integrantes e levantamento de todo conhecimento baseado em pesquisas e estudos existentes sobre o assunto em Mato Grosso do Sul. O GT Mudanças Climáticas e Biodiversidade está ligado ao Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), da Semade. O grupo tem como meta apresentar até o final de 2016 um Plano Estadual e oferecer contribuições efetivas de Mato Gosso do Sul para o cumprimento das metas brasileiras firmadas na COP 21.
“A primeira ação do GT é o nivelamento do conhecimento dos integrantes para podermos avançar em outras frentes. Queremos, com a Política Estadual estabelecida, transformar Mato Grosso do Sul em um Estado ‘Carbono Zero’ e já demos os primeiros passos”, lembra o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico e diretor-presidente do Imasul, Jaime Verruck.
Fotos: Marcelo Armôa