Campo Grande (MS) – Foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (1º) a Portaria de número 860 do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que aprova o Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Lagoa. A reserva foi criada em 5 de junho de 2017 e abrange uma área de 150 hectares de cerradão e veredas onde crescem jatobás, cumbarus, aroeiras, ipês roxos – plantas raras ou endêmicas. Nessa área estão ainda duas lagoas, um córrego, formações geológicas delicadas conhecidas como furnas e espécies importantes da fauna como onças pardas, caititus, queixadas, anta, lobo guará, tamanduá bandeira, bugio.
O Plano de Manejo traz um levantamento detalhado da biodiversidade do local e elenca as atividades que podem ser exploradas na reserva, sem oferecer risco à integridade do ecossistema. É o documento que sacramenta a formação da reserva e sua utilização dentro dos critérios ambientais definidos pelo Imasul.
A reserva pertence ao Grupo Caeté Florestal Ltda, que possui ao todo 1,3 mil hectares na região onde aposta no consórcio floresta pecuária como alternativa econômica de baixo impacto. Foi criada para servir como uma oportunidade local para a pesquisa científica, ações de educação ambiental e desenvolvimento do turismo ecológico, cujo potencial foi percebido pelos proprietários que observaram na região uma riqueza natural de biodiversidade e recursos hídricos com necessidades de preservação e manejo do uso do solo.
Veja AQUI o Plano de Manejo da RPPN Fazenda Lagoa.
Mato Grosso do Sul tem 54 RPPNs – entre federais e estaduais – que juntas protegem área de 148 mil hectares. A RPPN é uma categoria de unidade de conservação criada pela vontade do proprietário rural, ou seja, sem desapropriação de terra e de caráter perpétuo. No momento que decide criar uma RPPN, o proprietário assume compromisso com a conservação da natureza.