Campo Grande (MS) – O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), vai promover as ações necessárias para atender às condições estabelecidas pela Unesco para que o Pantanal mantenha o status de Reserva da Biosfera – instrumento de conservação que favorece a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, a desertificação, a poluição atmosférica, o efeito estufa, entre outros. O trabalho será realizado juntamente com o órgão ambiental do estado de Mato Grosso e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Nesta terça-feira (5), o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, reuniu-se com o titular da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, José Pedro de Oliveira Costa para tratar do assunto. O encontro contou também com a participação da diretora de Desenvolvimento do Imasul, Thais de Azambuja Caramori, do gerente de Unidades de Conservação do Instituto, Leonardo Tostes Palma e de Flávia Neri de Moura, da Unidade de Gestão e Implantação de Áreas Protegidas do Imasul.
Segundo o secretário de Biodiversidade do MMA, a Reserva da Biosfera do Pantanal abrange as áreas desse bioma existentes em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Ela foi criada em 2002 e tem por objetivo garantir a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável da região. “A Unesco está nos cobrando a criação de um conselho deliberativo da Reserva, sob pena de perdermos esse status. Já fizemos as trativas necessárias com o Mato Grosso e agora obtivemos o apoio de Mato Grosso do Sul. Isso nos deixa entusiasmados”, afirmou.
Ficou estabelecido na reunião que o Imasul irá fazer as tratativas e contatos para definir quatro organismos ambientais representativos para integrarem o conselho. O mesmo trabalho será realizado pelo órgão ambiental matogrossense. “Temos o entendimento de que é um status importante para o Pantanal e vamos nos integrar aos esforços já realizados pelo Ministério e o estado vizinho para garantir que esse reconhecimento da Unesco seja mantido.”, afirmou o secretário Jaime Verruck.
No Brasil, segundo o MMA, a primeira Reserva da Biosfera, criada em 1992, foi para salvar os remanescentes de Mata Atlântica. O Programa Internacional Homem e a Biosfera – MaB aprovou em outubro de 1993 dois outros projetos propostos pelo Brasil: a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, integrada com a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, e a Reserva da Biosfera do Cerrado do Distrito Federal. Em 2001 foi criada a Reserva da Biosfera da Caatinga, que cobre uma área de 198.000 Km². Ao todo são 7 Reservas da Biosfera no país: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Amazônia Central e Serra do Espinhaço. Para mais informações acesso o site do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga.