Campo Grande (MS) – O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), e a CCR MS Via, empresa que tem a concessão da rodovia BR-163, renovaram Termo de Cooperação Técnica visando o atendimento de animais capturados ou atropelados na pista ou durante as obras de duplicação. O documento foi firmado na manhã desta quarta-feira (6) pelo diretor-presidente do Imasul, Ricardo Eboli e o diretor-presidente da CCR, Roberto de Barros Calixto, durante visita ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) mantido pelo governo do Estado no Parque Estadual do Prosa, em Campo Grande.
É para o CRAS que os animais atropelados ou capturados durante as obras na BR-163 são trazidos, recebem o atendimento necessário e após recuperados, são devolvidos à natureza. A CCR MS Via se compromete, em contrapartida, adquirir mensalmente os medicamentos, algumas rações especiais, materiais cirúrgicos e até equipamentos médicos usados no Centro. A parceria já existe há dois anos e se estenderá por igual período.
“Trabalhamos com muita dificuldade. Muita dedicação, empenho de todos aqui, mas sempre com muita dificuldade. Todos acham bonito, elogiam muito o cuidado com os animais, mas são raras as doações, portanto quando uma empresa como a CCR nos oferece essa parceria, é motivo de alegria”, externou Ricardo Eboli. Já o presidente da CCR MS Via se disse “feliz e impressionado” com a estrutura e o trabalho desenvolvido no CRAS. “Contem conosco sempre, não se atenham aos termos do convênio, queremos ajudar”, disse.
Roberto Calixto estava acompanhado por outros funcionários da CCR MS Via: Henrique Rubião do Val, diretor Operacional e de Engenharia; Wilson Omuro, de Administração e Finanças; Michel Klaime Filho, Gestão Socioambiental; Claudeir Mata, de Relações Institucionais; Martha Daumas Mattos, supervisora de Engenharia e Carolina Rolin Rosa, Analista de Meio Ambiente.
Eles foram recebidos por Eboli e pela coordenadora do CRAS, Nara Pontes, e repassaram por todas as jaulas e viveiros que abrigam os animais em recuperação ou que já não conseguem viver na natureza. Servidores do Imasul também integraram o grupo: Thaís Caramori, diretora de Desenvolvimento; Vander de Jesus, gerente de Recursos Pesqueiros e Fauna; e Roberto Barbosa, gerente de Administração e Finanças.
Segundo informações da coordenadora Nara Pontes, o CRAS recebe em média, por ano, 2 mil animais, sendo que 70% são aves, quase sempre filhotes, vítimas de traficantes. Infelizmente, a taxa de mortandade entre esses pássaros é alta, só 10% conseguem retornar à natureza. Mesmo assim, os servidores do CRAS comemoram o fato de promoverem a soltura de, pelo menos, 700 animais por ano, após receberem todos os cuidados necessários.
Atualmente vivem no CRAS cerca de 600 animais. Alguns recebem cuidados médicos, porém muitos já não têm condições de voltar a viver na mata e a última esperança é conseguir vaga em algum refúgio ou viveiro autorizado. São dezenas de araras, papagaios, macacos, mas tem também animais de grande porte como onças pardas (10), antas (3) e tamanduás (5). A equipe do CRAS é composta por quatro veterinários, três biólogos e quatro tratadores. Por mês, só com produtos de hortifrúti usados na alimentação dos bichos, são gastos R$ 18 mil.
Veja imagens da visita ao CRAS na galeria abaixo: