Campo Grande (MS) – Questões sobre como colocar em prática os compromissos assumidos no Acordo de Paris para enfrentar as mudanças do clima e de que maneira criar um novo modelo de desenvolvimento, a economia de baixo carbono, são os principais tópicos a serem discutidos durante o seminário internacional Oportunidades Econômicas no Contexto das Mudanças Climáticas que acontece nesta quarta-feira (1) e quinta-feira (2) das 9 às 20 horas, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, que conta com a participação do secretário adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de MS, Ricardo Senna.
O evento, promovido pela ONG Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura em conjunto com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e o Museu do Amanhã, terá sete frentes de trabalho: agricultura de baixo carbono, bioenergia, código florestal, cooperação internacional, economia da floresta tropical, restauração e valoração e serviços ecossistêmicos.
Para Ricardo Senna, trata-se de uma discussão importante no âmbito do desenvolvimento econômico sustentável de Mato Grosso do Sul – premissa do trabalho da Semade desde o início dessa gestão. “O propósito do evento é entender que restauração vegetal, mudanças climáticas e estado carbono neutro geram oportunidades de negócios. O que está sendo discutido aqui é de que forma podemos estruturar a cadeia produtiva das florestas (ou mercado florestal) que não envolve tão somente as florestas plantadas, em que já estamos bem avançados, mas em especial sobre alternativas, inclusive com vegetação nativa.”
Temas – O seminário apresenta enfoque estratégico na restauração de paisagens e florestas como uma das bases do novo modelo de desenvolvimento econômico. Membros do governo do Brasil e de países da América Latina, empresários, ambientalistas e pesquisadores realizam uma série de debates, na cidade do Rio de Janeiro, sobre o cumprimento das metas brasileiras no Acordo do Clima de Paris. Entre as autoridades presentes, está o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
O secretário adjunto da Semade destaca ainda que a consolidação da cadeia produtiva das florestas favorece, além dos aspectos econômicos, o desenvolvimento sustentável do estado. “É preciso pensar que essa estruturação, não só das florestas comerciais (como as de eucalipto), mas também das outras nativas culmina em um negócio que é benéfico tanto economicamente quanto ambientalmente”, explicou.
Paralelamente, amanhã (2) Ricardo Senna participa da Cúpula Latino-Americana de Investimentos em Restauração de Paisagens e Florestas, restrita a convidados.
Imagem em destaque: Museu do Amanhã (www.museudoamanha.org.br)