Campo Grande (MS) – O governo do Estado instituiu oficialmente o Manual de Orientações Técnicas, que visa reduzir o atropelamento de animais silvestres nas rodovias do Mato Grosso do Sul. A intenção é reforçar as ações e estratégias para proteger a fauna do Estado. O Manual foi lançado em dezembro do ano passado
“É um Manual para orientar engenheiros e projetistas na hora da execução dos projetos das estradas. É um mapa que vai nortear todas as obras viárias que estamos fazendo. Essas obras terão que ter pontos identificados para evitar morte de animais e também de pessoas, evitando graves acidentes”, explicou o governador Reinaldo Azambuja.
O Manual foi elaborado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), com apoio do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e diversas Ongs (Organizações não governamentais).
Ele estabelece as diretrizes básicas que vão subsidiar a produção de estudos técnicos e projetos rodoviários da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). A Resolução que oficializa o manual foi publicada nesta segunda-feira (17), no Diário Oficial do Estado.
O Manual será utilizado na execução de novos projetos viários em Mato Grosso do Sul. As estradas e rodovias que serão pavimentadas no Estado terão que ter em seus projetos executivos ferramentas que permitam a redução de atropelamentos de animais. (Confira o manual).
O documento também poderá ser usado nas rodovias já pavimentadas, principalmente aquelas que apresentam alto índice de acidentes devido estas colisões, muitas vezes com atropelamento de animais em extinção.
“Nossa expertise é construir estradas, com toda engenharia que uma rodovia requer. Agora, inserir nesses projetos sistemas mitigadoras de acidentes é extremamente inovador. No mundo, estradas de países mais desenvolvidos que já têm esses sistemas dão efeitos reais na preservação”, ressaltou o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
O Governo do Estado também criou o “Cadastro Estadual de Dados de Monitoramento de Fauna, que já está em funcionamento por meio do programa “Estrada Viva”. A ferramenta permite a unificação dos dados de monitoramento de fauna do poder público com as instituições ambientais.