O Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) passa a dispor de um sistema de geotecnologia para analisar pedidos de licença ambiental para queima controlada ou manejo integrado do fogo (MIF). O SIFAU (Sistema de Inteligência do Fogo em Áreas Úmidas) foi apresentado na tarde dessa terça-feira (14), em evento no Grand Park Hotel, em Campo Grande, com as presenças de representantes de todas as instituições que foram parceiras em seu desenvolvimento: Imasul, Wetlands Internacional, UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), LASA (Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O diretor presidente do Imasul, André Borges, está confiante nas vantagens que o órgão ambiental, produtores e o meio ambiente terão com a nova ferramenta. “O sistema é importante para monitorar e identificar possíveis origens de incêndios florestais em áreas úmidas, como o Pantanal e o Parque do Ivinhema. Ele agiliza e traz segurança na análise dos processos relacionados ao uso do fogo nessas regiões”, disse Borges.
O SIFAU consiste em uma plataforma composta de diversas camadas de mapas que fornecem informações sobre o tipo de vegetação, a quantidade de biomassa acumulada, a previsão de perigo de fogo no local e nos arredores e o histórico de fogo na propriedade em que se pretende aplicar a queima controlada ou o MIF (Manejo Integrado do Fogo). Essas informações possibilitam que o técnico do Imasul analise o pedido de licença com mais celeridade e possa tomar decisão com mais assertividade.
Tanto a queima controlada quanto o manego integrado do fogo são ferramentas aliadas na prevenção de catástrofes ambientais, pois permitem que áreas com abundância de material combustível sejam queimadas com segurança em épocas apropriadas, tomando os cuidados para que o fogo não se alastre e se transforme em incêndio florestal.
André Borges lembrou que Mato Grosso do Sul é pioneiro no país na criação de legislação própria para regulamentar o uso do fogo controlado. “Nesse momento a queima controlada está proibida devido as condições impróprias. Mas tão logo a situação permita o Estado pretende utilizar essa medida em unidades de conservação e autorizar o uso em propriedades particulares”, afirmou.
Na ocasião, o diretor presidente do Imasul e a diretora executiva da Wetlands International no Brasil, Rafaela Nicola, assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para o uso do sistema pelo órgão ambiental. Participaram também o secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcete, e a vice-reitora da UFMS, Camila Ítavo.
