O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) deu início à elaboração de um mapa completo contendo todas as informações sobre o uso e ocupação do solo em todo território sul-mato-grossense. O Estado ainda não dispõe de uma base oficial de dados a esse respeito para nortear a gestão ambiental do território e subsidiar políticas públicas. Nesse sentido, o diretor presidente do Imasul, André Borges, comenta que a solução surgiu entre os próprios servidores do órgão, que se uniram para elaborar o mapa a partir de diversas fontes de informações disponíveis.
O projeto está sendo coordenado pelo fiscal ambiental Rômulo Oliveira Louzada. Na sexta-feira (12) foi realizada a primeira reunião virtual para tratar do assunto, envolvendo servidores de diversas gerências do Imasul. “Temos pessoas muito capacitadas, doutores, pós-doutores que se dispuseram a trabalhar no projeto”, comemorou.
O objetivo é mapear o uso e a cobertura do solo utilizando técnicas modernas de inteligência artificial, com alta precisão espacial e temática, e de forma que seja possível a replicação anual da metodologia. Para tanto, a paisagem foi dividida em 12 classes temáticas: Floresta, Savana, Área úmida, Pastagem nativa, Pastagem exótica, Área urbana, Cultura anual (arroz, soja, milho, algodão), Cultura perene florestal (eucalipto, pinus), Vegetação aquática, Solo exposto, Água, Benfeitorias (estradas, pistas de aeronaves).
“Vamos construir uma metodologia robusta, com muito trabalho de campo”, afirmou Louzada. O primeiro passo será juntar imagens de satélite com resolução que aproxima o objeto a 10 metros de distância. Após essas imagens serem classificadas e conferidas a campo, será feito o processamento do mosaico para se chegar ao mapa completo. A previsão é que o banco de dados esteja disponível até o fim do ano, tanto para consulta pelo Poder Público como por interessados do setor privado.