Programa visa desenvolvimento de mudas nativas para reflorestar as margens do Rio Taquari
Campo Grande (MS) – O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) renovou o Termo de Cooperação com a Prefeitura de São Gabriel do Oeste para apoio e adequação do viveiro de mudas nativas do município.O Viveiro de São Gabriel do Oeste é o maior produtor de mudas nativas do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo referência no Centro Oeste. O apoio do Imasul se incorpora a um amplo programa do governo do Estado visando a recuperação das matas ciliares do rio Taquari, cujas mudas serão fornecidas pelo Viveiro de São Gabriel.
O gerente de Recursos Florestais do Imasul, Osvaldo dos Santos, esteve em São Gabriel do Oeste nesta semana para acompanhar o andamento da parceria. Segundo ele, o Viveiro de São Gabriel do Oeste está consolidado na produção de essências florestais do bioma Cerrado. A capacidade atual é desenvolver até 500 mil mudas por ano, mas com a cooperação do Imasul e convênio com a ANA (Agência Nacional das Águas) será submetido a uma adequação física para ampliar essa capacidade até 1 milhão de mudas por ano.
O Imasul garante, por meio do Termo de Cooperação, o suporte técnico necessário para o desenvolvimento das mudas. Já o convênio entre a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a ANA prevê a adequação do espaço físico visando a ampliação da capacidade do viveiro. O convênio compreende o valor R$ 497.430,00, sendo que deste total já foram executados cerca de R$ 82 mil.
A gerente de Desenvolvimento do Imasul, Eliane Ribeiro, explica que com esses recursos estão previstos: reforma do sistema de irrigação, calçamento, substituição do sombrite, instalação da estrutura de bancadas móveis de alumínio, aquisição de aparelho de GPS para a catalogação de árvores matrizes, aquisição de equipamentos para coleta de sementes, beneficiamento, armazenamento, semeadura, tratos culturais, manutenção e expedição das mudas; máquina de lavar tubetes para atender aspectos fitossanitários, carrinho de transporte de bandejas, bandejas tipo caixa, instrumentos de coleta de sementes, como varas com podão, escada de fibra telescópica; aquisição de veículo tracionado, para atender as atividades de coleta de sementes.
O projeto
O projeto suprirá a demanda de produção e de terminação de mudas necessárias à recuperação de áreas identificadas prioritárias pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, em consonância com o estabelecido pelo corpo técnico da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e pelas onze prefeituras integrantes do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari): Alcinópolis, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Ladário, Pedro Gomes, Rio Verde do Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Essa é a ação mais importante do amplo programa do governo do Estado para estancar o assoreamento e recuperar o rio Taquari. Com 801 quilômetros de extensão (nasce no município de Alto Taquari, no Mato Grosso, corta toda região Norte de Mato Grosso do Sul até desaguar no rio Paraguai), o Taquari tem sido fortemente castigado pelos processos erosivos ocorridos há décadas nas regiões altas. Os sedimentos arenosos são arrastados até a planície pantaneira, onde se acumulam, destruindo o leito natural e promovendo o alagamento de extensas áreas.